Na primeira reunião de degustação da Confraria, com parte do klan reunido, embebedei-me e dormi no colo de minha mulher. Não que esperasse algo diferente, após experimentar cervejas de teor alcoólico entre 5 e 10%, mas o pileque deu-se por algo a mais, no mundo das cervejas que degustamos. O que quero dizer é que há um embriagar-se de espírito, após todos os seus sentidos – colocados a prova a cada nova garrafa – serem “desgastados” em cheiros, cores e sabores diferentes.
Entorpecer-se longe dos churrascos com pagode, com critério e um pouco de paciência, eleva o espírito às sensações mais profundas. Beber com propriedade, é, antes de mais nada, uma experiência física e mental. Encher a cara de pseudo-pilsens pode ter sim algum valor, mas não se compara às experiências que vivenciamos no último final de semana, com o cardápio recheado que meu amigo Leandro já expôs no último post.
Vim, agora, para falar do prazer de beber com propriedade, façanha que há alguns anos antes, quando ainda gostava de vinho suave e achava minha vida o máximo, não poderia imaginar. Agora me enveredo pelo caminho de um prazer diferente, mais profundo, querendo entender todo o trabalho, do cultivo da terra a qual foram plantados o malte e a cevada até o engarrafamento desta bebida, e que está, agora, a minha disposição.
Não há dinheiro no mundo que pague tal satisfação (há, na verdade, falta de dinheiro para beber tudo o que gostaria!), e para isso a Confraria foi fundada: bons amigos (faltou o André!), nossas mulheres, comida e bebidas boas, além de muita conversa. Acho que há aí a receita do elixir da boa vida, que eu, bem como meus amigos, tenho certeza, escolhemos para as nossas (vidas).
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
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2 comentários:
Faço minhas suas palavras Rodrigo. Esse é o espírito. Semana que vem o post sobre as cervejarias de Blumenau está saindo. (Só preciso arrumar uma máquina fotográfica hehe)
Gostei do texto!
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