CERVEJA, ROCK, CERVEJA, CINEMA, CERVEJA, LIVROS, CERVEJA, VIAGENS E TUDO MAIS QUE POSSA INTERESSAR, DESDE QUE SEJA CERVEJA!

domingo, janeiro 31, 2010

INVICTUS

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

Quando assisti a esse filme, em princípio não dei muita importância. Pareceu meio simplista no início, mas depois fiquei analisando na minha cabeça as cenas, e vi que algumas ideias do filme são muito concretas.

Semana passada eu assistia à uma palestra, quando foi mostrada a seguinte figura: um canibal, segurando talheres, diante de um caldeirão dentro do qual havia um cara meio que esperando para ser devorado. Seguiu-se, então, a pergunta à plateia: “Existe “evolução” do canibal, a partir do momento em que este passa a usar talheres, enquanto praticando seu costumeiro canibalismo?”

Engraçada a pergunta, já que pressupõe errado o canibalismo logo de cara. O que é certo e o que é errado? Não é uma questão simples, embora pareça. Imagine tudo o que tem que ser considerado: ética, cultura, história, leis, moralidade, senso comum, para que se possa ter alguma segurança quanto a isso. Meu certo e errado nunca é igual ao seu. De qualquer forma, a algum tempo que eu procuro denominadores comuns onde me apoiar. E justamente pensando nesse filme, lembrei que existem alicerces que não podem ser desconsiderados, pelo contrário, precisam ficar cimentados na minha consciência.

“The Man in the Arena” é o título dado a um discurso feito por Teddy Roosevelt em Paris, em 1910. Uma passagem desse discurso foi entregue por Mandela nas mãos de Francois Pienaar, em 1995, antes do início da Copa do Mundo de Rugby, e não o poema Invictus, do escritor inglês William Ernest Henley. Embora tanto o poema quanto o discurso tenham mensagens correlatas.

Todas as pessoas que conviveram comigo, principalmente nesses últimos anos, lembrarão, quando estiverem lendo esses parágrafos, que estiveram comigo na Arena, em várias ocasiões. Não criticaram, não apontaram, mas foram criticadas e foram apontadas, enquanto limpavam os rostos sujos de poeira, suor e sangue. Esse é o nosso denominador comum, nosso alicerce. É o que nos dá segurança. Temos a liberdade de conviver com os nossos iguais, o que se dá de uma forma muito natural, e isso nos basta, então não vamos apontar, julgar e criticar o certo e erado alheio, mas eu sei, e vocês sabem, que nós não fomos covardes, que “diante das garras do destino, nós não vacilamos nem nos ouviram chorar, e sob as pancadas do acaso, nossa cabeça sangrou, mas permaneceu levantada”.

The Man In The Arena

“It is not the critic who counts; not the man who points out how the strong man stumbles, or where the doer of deeds could have done them better. The credit belongs to the man who is actually in the arena, whose face is marred by dust and sweat and blood; who strives valiantly; who errs, who comes short again and again, because there is no effort without error and shortcoming; but who does actually strive to do the deeds; who knows great enthusiasms, the great devotions; who spends himself in a worthy cause; who at the best knows in the end the triumph of high achievement, and who at the worst, if he fails, at least fails while daring greatly, so that his place shall never be with those cold and timid souls who neither know victory nor defeat.”