Porém, ao contrário do que levaria qualquer um a pensar, não falarei da tradicional Polar. Há duas semanas de volta ao Rio Grande do Sul, vivendo um frio de 3 graus - nos dias quentes - fui ao mercado procurar as novidades da terra, após os 9 anos fora.
Vasculhando aqui e ali, apareceu a La Brunette, stout apreciada anteriormente com os amigos confrades. Na mesma prateleira, encontrei as irmãs também produzidas pela portoalegrense Cervejaria Schmitt: A Barley Wine, Ale, Sparking Ale, Magnum e a Schlau Hefewizen. Com pouca verba, tive que as selecionar pelo melhor custo-curiosidade (categoria criada para a primeira degustação em chão Farroupilha). Decidido, levei a de trigo (Schlau), a Sparking Ale e a Stout, todas custando R$9,78.
Como de costume, comecei a fazer anotações cuidadosas, observando cada detalhe, em cada sentido. O primeiro ponto para a cerveja: garrafas com 750ml são excelentes! Quando tu achas que acabou vem mais um copo de brinde. Infelizmente, o teor alcoólico aliado à quantidade de eme-eles me fez perder as anotações, e o senso de obervação foi sensivelmente afetado. Não o prazer de desfrutar cervejas.
Seguem então as observações (possíveis) constatadas: a dupla fermentação na garrafa é a grande propaganda da marca. O rótulo faz questão de dar destaque, e a alta carbonatação foi percebedida em todas as experimentadas. Talvez na stout seja menor, talvez por isso seja a melhor das três (desconsiderando, aqui, os diferentes estilos. O critério foi a marca, e nem sei se isso é possível, enfim.). Melhor porque os aromas são mais marcantes na Brunette, dado a forte acidez das outras duas, que acredito ser ocasionada pela alta "fermentatividade" (que nenhum especialista leia isso!).
Ousaria dizer que as outras duas são uma quase Ale e uma quase Wizen, pois para perceber as notas frutadas da primeira exigem um paladar altamente preparado, que separe a tal acidez e permita senti-la mais profundamente. Digo o mesmo da de trigo. Depois, acabei lendo uma opinião alheia que dizia: "se eu não soubesse que era de trigo, dificilmente saberia defini-la", disse um dos tops do Brejas.com. Enfim, senti o mesmo.
Mas há outros aspectos que gostei muito, como a consistência e duração da espuma (aquela da Brunette, meio queimadinha... Ah!) e a coloração da de trigo e da stout. Infelizmente, o tempo frio impediu uma melhor avaliação do aroma (acho também que deixei elas gelarem demais). Mesmo parecendo que só reclamei, no final, acabei gostando. A prenda também gostou, e para uma primeira vez, foi ótimo. Início do mês vou experimentar a Magnum e a Barley Wine, e acho que vou mudar de opinião.
"Saúde, meus camaradas", foi o brinde do último final de semana, aos amigos distantes, geograficamente. Fico devendo as fotos, mas as colocarei em breve (para mais informações, segue merchan do sítio da Cervejaria).
quinta-feira, julho 22, 2010
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Um comentário:
Muito boa a sua degustação. Quase pude ter uma experiência sensorial somente com suas palavras.
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